Conheça a história de Ana Paula, uma menor de idade que, fugindo do padrasto violento, cruzou clandestinamente a fronteira e veio parar na Argentina, sem dinheiro e sem saber o que fazer. […]
Por: Ana Paula
Parte I
Eu tinha apenas 14 anos quando meu pai
morreu; mais ou menos um ano depois minha mãe arrumou outro marido. Ele era
grosso, beberrão e violento e assim que veio morar conosco começaram episódios
de brigas tensíssimas até que após alguns messes se transformaram em agressões
físicas. Ai já estava consolidado o crime, mas minha mãe não fez nada sobre
isso logo na primeira vez então aconteceu uma segunda e dai para frente não
parou mais. No meu aniversário de 16 anos não foi diferente, inclusive, ele
além de bater na minha mãe ele a partir desse dia passou a me olhar com
malícia.
Nessa época eu tinha um amigo online, da
Argentina, com quem eu conversava por Skype todos os dias. Já nos falávamos
fazia seis meses e nos considerávamos amigos ou até mais que isso. Rolava um
carinho especial. Eu lhe contava sobre minhas histórias e ele sempre sugeria ir
à polícia ou convencer minha mãe a deixa-lo.
Após um ano vivendo esse inferno de vida,
dizendo para minha mãe todos os dias para ir a policia, mesmo após eu mesmo ter
tentado ir uma quantas vezes, mas ter sido ignorada por ser menor e por não ser
a agredida, acabei desistindo. Passei a ficar falando no ouvido dela para
fugirmos, irmos para outro estado ou quem sabe até outro país, mas ela não
estava com o menor jeito de quem iria topar a ideia.
Então finalmente, me cansei, não queria
esperar até eu ser a próxima a ser espancada, ou estuprada, ou pior, acabar
vendo minha própria mãe ser morta na minha frente. Então decidi fugir sozinha.
Eu já havia planejado tudo, após muitos meses conversando com Miguel, meu amigo
argentino, que a essa altura já seria namorado, se não estivéssemos separados
pela distância.
O plano era de alguma forma chegar até a
Argentina e encontrar com ele, ai nós passaríamos a viver juntos, pois, apesar
de eu só ter 16 e meio, Miguel já tinha 18 e assim poderia morar sem os pais.
Ele estava se mudando para a capital, onde viveria em um apartamentinho
enquanto cursasse a faculdade e ai, em segredo, eu viveria com ele. Até a
metade de sua faculdade onde finalmente revelaríamos para a família que
estávamos juntos. Eu já terei 18 e tudo será normal e permitido.
Naquela noite, antes do bêbado chegar do
trabalho eu perguntei a minha mãe uma ultima vez se ela fugiria comigo e mais
uma vez ela disse que não, então sem que ela soubesse que era um adeus, eu a
abracei e lhe dei boa noite.
Continua...
(Aguarde o próximo capítulo da história)
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Oi gente! Queria agradecer e parabenizar, mais uma vez, esse blog maravilhoso! Vocês nos ajudam muito, e isso é incrível. Muito obrigada, de verdade! Agora eu queria uma ajudinha... tenho um amigo, estudante, que vai pro Canadá. Queria saber se vocês conhecem algum blog tipo esse aqui, que seja de Brasileiro(s) no Canadá. Ajudaria MUITO! Obrigada mais uma vez.
ResponderExcluirHelena, não tem de que, coincidentemente minha irmã e meu irmão também estiveram pesquisando muito sobre ir para o Canada, então eu posso te dar umas dicas sim, um blog que conheço que é assim estilo o meu é o canada para brasileiros
ResponderExcluirO cara que escreve pro blog mora lá a mais de 15 anos, o cara sabe tudo sobre o Canada. Tenho uma amiga que foi e ela me conta cada historia que você não acredita.
Muito sofrida e bonita essa história... foi um pouco arriscado a decisão, porém o mais importante é que deu tudo certo. As vesses a vida não nos permite se isentar de riscos...
ResponderExcluirLegal sua historia to pensando em ir morar na argentina tenho um pouco de medo por ser brasileira e houver preconceitos by ana
ResponderExcluirPreconceito tem sim, mas nada exagerado como com o latinos nos Estados Unidos. E além do mais é mais entre os homens na balada.
ExcluirPor favor continua comn sua históía como por exemplo como voce está está hoje em dia
ResponderExcluirbeijos
Celina uma argentina curiosa