Trote nas Universidades

Trote nas Universidades de Buenos Aires. Se você já viu os argentinos dando trote, deve ter imaginado que não existe muita diferença entre o trote aqui e o do Brasil, mas os brasileiros que estudam na Argentina sabem que aqui o trote é completamente diferente. […]

No geral, sim, é a mesma coisa, gente lambuzada pelas ruas, com ovo, farinha, fedendo... É, nesse ponto somos iguais, mas então qual é a grande diferença entre os trotes daqui e os do Brasil?

Bem, para começar os trotes aqui são mais seguros, não se vê falar de casos de humilhações e agressões como no Brasil. Nem é necessário citar os casso horrível que acontecem no Brasil, os brasileiros vêm na TV, ouvem histórias e muitos até mesmo os viveram na pele. Aqui o primeiro dia de faculdade não é motivo para pânico. Mas porque não acontecem esses casos violentos que acontecem no Brasil? Seriam os argentinos mais civilizados? Na verdade é apenas uma questão de como a coisa acontece. A ideia toda é muito mais inteligente, porque o trote é aplicado por amigos e parentes, ou seja, por gente que te amo e jamais faria uma crueldade com você.

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Além desse detalhe que faz uma diferença enorme, outro detalhe que muda tudo é quando o trote é aplicado. No Brasil aplica-se logo na entrada do estudando a faculdade, aqui não, o trote é aplicado no final, depois que você se forma. É uma sensação é mais gostosa, a final, comemorar no início não é assim tão coerente, considerando que 80% dos alunos de universidades desistem ou trocam de cursos após o primeiro ano de faculdade. 

Comemorar no início deveria ser para integrar os alunos etc, mas sabemos bem que não é assim que acontece. Esses trotes terminam é coagindo, amedrontando e traumatizando o aluno que já começa a experiência da faculdade, que deveria ser um dos melhores anos de sua vida, de forma negativa. 

Eu espero sinceramente que o Brasil copie esse método da Argentina, não sou contra comemorarem no início da faculdade, se querem comemorar no início, que comemorem, mas que seja de verdade uma comemoração, não humilhações e crimes.